domingo, 12 de dezembro de 2010

Série Cães








Autor: Richard Gonçalves André
Série Cães

Domingão na casa do sogrão... e nem era pra rimar com Faustão. Mas já que a rima colou, que fique. Já reclamei de fotografias de cães antes, já que são animais hiperativos, diferentemente dos gatos, naturalmente fotogênicos. Se houvesse um estúdio, o gato sentaria diante de um fundo infinito. Retornando aos cães, e redimindo-os, talvez essa hiperatividade também possa ser aproveitada de maneira interessante na fotografia, caso disponhamos de muita luz e um obturador rápido. Nas fotos acima, o basset dachshund Scooby e o blue hiller Capeto (sim, inspirado no cão do Fantasma, o personagem de quadrinhos), assistidos por minha esposa, foram captados em instantes rápidos e interessantes, com direito a baba super nítida e saltos espetaculares.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Light Painting

Autor: Richard Gonçalves André
Evanescente

Acima, uma foto da qual fiquei orgulhoso e surpreso. Quem sugeriu a imagem e me ensinou a fazer foi meu grande amigo Anderson, com quem sempre aprendo algo a cada conversa. Utilizei a técnica chamada light painting, isto é, pintura com luz. Para realizá-la, é necessário uma sala escura, uma lanterna, um tripé e, é claro, uma câmera (de preferência com controle de velocidade/obturador). Após montar a câmera no tripé, apontá-la e focá-la na orquídea, apaguei as luzes. Configurei a câmera de tal forma que o obturador ficasse aberto durante 10 segundos (utilizei a abertura f22). Após apertar o disparador, acendi o farolete e iluminei a flor sob alguns ângulos diferentes e, como a câmera estava aberta, acabou captando toda a luz durante o período. O resultado foi esse aí, fruto de uma experiência muito interessante. Aliás, fiz tudo isso na sala do meu apartamento, que não tem nada de estúdio. Acho que é possível fazer a experiência mesmo com uma câmera compacta, embora nunca tenha tentado. Se ela estiver no escuro, penso que automaticamente deixará o obturador aberto por alguns segundos. Como nas compactas convencionais não há controle diretamente disso, dá pelo menos para enganá-las. Mas só testando mesmo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mais Experiências com Fundo Infinito



Seguem mais experiências domésticas com fundo infinito. Tentei reproduzir imagens (daquelas que vemos em supermercados) em que a água espirra de uma taça. Diferente das experiências anteriores, deu trabalho. A foto ficou regular: o fundo infinito ficou mal colado (apareceram os riscos dos papéis sobrepostos) e a fotografia ficou escura. A iluminação não ajudou muito (e também acabei trabalhando em contraluz em razão da janela) e não pude usar o flash, já que a taça desapareceria em meio aos reflexos. Mas enfim... é possível fazer isso.

Experiências Domésticas com Fundo Infinito





Seguem algumas experiências que fiz com um fundo infinito bem caseiro. O resultado final até aproximou-se daquele realizado em estúdios, porém em dimensões modestas. É preciso que o papel (sulfite) fique bem iluminado (com uma iluminária, por exemplo) e que não haja dobras entre o chão e a parede. Não utilizei flash (nem Photoshop) em nenhuma das fotografias, apenas regulei a abertura para que os motivos não ficassem subexpostos. A ideia não é minha. Aprendi lá no site do Rogério Galanti. Ver http://rogeriogalanti.wordpress.com/2008/01/22/fundo-infinito/.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Universo em Miniatura

Autor: Richard Gonçalves André

Bem, após tanto tempo sem postar, seguem as anedotas de Richard. Estava animadíssimo com um concurso fotográfico que haveria em Maringá sobre ipês floridos. Saí com minha câmera e bati umas duzentas fotos dessas árvores pra descobrir, algum tempo depois, que li as informações de um concurso que ocorreu há dois anos. Ironicamente anacrônico pra um historiador, que aliás começa a andar nas zonas limítrofes do campo. Mas enfim... os ipês são belos de longe, que é aliás o olhar mais convencional. Porém, como criar um olhar diferencial? Tentei fotografias close-up, que talvez nem sejam lá muito fora do comum hoje em dia. E o ipê num olhar microscópico não deixa de comportar seus universos em miniatura, como revela o inseto (que nem sei o nome... Marta que me ajude!) pousado (e "posado", talvez?) discretamente no galho. Isso até me lembra uma lição budista que li num mangá (será que citar a fonte dá menos glamour à reflexão?): quem olha a floresta, não enxerga a árvore; quem olha a árvore, não enxerga a folha.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Abelha (2010)

Autor: Richard Gonçalves André
Pra não dizer que não falei das flores (e das abelhas)...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Luz Difusa (2010)


Autor: Richard Gonçalves André
Uma vez mais, reconstruí uma imagem da Nikita, minha modelo par excellence. Trata-se de uma experiência com a chamada luz difusa, em que a iluminação penetra no ambiente por uma faixa muito pequena.

Luz e Sombra (2010)

















Autor: Richard Gonçalves André
Com esta foto, comecei a testar a Nikon D3000... Só deixei em P&B com o Photoshop. Acho que o P&B das câmeras digitais têm valor de escala de cinza, o que empobrece em muito a imagem. Inspirei-me nas fotografias do Ansel Adams (longe de possuir sua maestria) de forte contraste entre luz e sombra. Dada a posição da luz no dia em que fiz a "tomada", a projeção da sombra nas raízes da árvore (figueira ou seringueira?) ficou no mínimo interessante.

sábado, 26 de junho de 2010

Perspectiva (2010)


Autor: Richard Gonçalves André. Perspectivas.

Lá está: o pequeno "alienígena" no universo microscópico de sua casa. De longe, quase imperceptível. De perto, uma pequena criatura assustadora no seio do lar. Mas a perspectiva poderia ser facilmente invertida: quem são os gigantes que andam por aí, preocupados com questões como quem são, de onde vêm e pra onde vão? E que, diga-se de passagem, acham-se os donos de todo o universo? Dão nomes às coisas, grandes e pequenas, como se toda a criação girasse em torno de si (segundo a metáfora da mosca de Nietzsche). Estranheza é sempre questão de perspectiva, perspectiva, aliás, de quem não se acha estranho.

Pensadores (2010)



Autor: Richard Gonçalves André. Pensadores.

Do Manifesto às tirinhas, uma associação nem tão estranha...

sábado, 5 de junho de 2010

Perfil da Gata (2010)


Autor: Richard Gonçalves André.

Quem já tentou tirar fotos de cachorros? Animais bonitos e divertidos (como quem está por trás das lentes, excetuando-se a parte do "bonitos" e "divertidos"), mas, nas imagens, são sempre borrões surreais. Ninguém pode culpar as câmeras ou fotógrafos: eles simplesmente não param se se mexer. Em contrapartida, gatos... sim, gatos. Animais bonitos e nem sempre tão divertidos, mas que foram feitos pra posar. Poderiam ser representados por meio de daguerreótipos, passar minutos em frente à câmera, e mesmo assim nunca seriam borrões surreais. O "perfil da gata", com o perdão do título ambíguo e bobo, foi tirado com câmera de celular no sofá da casa da mãe, num fim de semana preguiçoso.

Rabiscos e Crítica


















Mafalda: alguns "rabiscos" de Quino e uma fina crítica.

domingo, 9 de maio de 2010

Da Necrópole à Metrópole (2009)



Autor: Richard Gonçalves André. Acho que sou um fotógrafo de cemitérios, mas enfim... Trata-se do Jardim da Saudade, situado na periferia de Londrina. Embora a imagem em questão não chame tanto a atenção a princípio, há um jogo subjacente de composição de motivos. Em primeiro plano, verifica-se parte do Jardim da Saudade. A estrada, por sua vez, parece levar à cidade em segundo plano, num caminho da necrópole à metrópole. Ou seria o contrário? Como diria ironicamente o escritor brasileiro Lima Barreto, “O Emílio Alvim faz anos hoje. É coisa curiosa que festejemos esse avanço para o túmulo”.

domingo, 2 de maio de 2010

Céu e Terra (2009)



Autor: Richard Gonçalves André. Repito as palavras de Vovelle: cemitérios são "florestas de signos". Mais uma foto tirada no Cemitério da Consolação, em São Paulo. Aliás, entrar no lugar em questão é vivenciar outra temporalidade, congelada bem meio à grande São Paulo. Lá fora, os arranha-céus e as avenidas enormes. Lá dentro, a estatuária barroca chorando copiosamente sobre os túmulos a dor da perda. A foto em questão, penso eu, enfatiza os contrastes entre a necrópole e a metrópole.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A moments glimpse of the outer world



Autor: Lewis Hine. O fotógrafo e sociólogo norte-americano Lewis Hine utilizava não apenas a "pena", mas também as lentes da objetiva como instrumento de crítica social. Na imagem, parte de um numeroso repertório fotográfico questionando o trabalho infantil, Hine "capta" um momento de distração de uma criança trabalhadora de fábrica de onze anos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Nikita (2006)



Autor: Richard Gonçalves André. A primeira fotografia que tirei de minha gata Nikita com uma Minolta analógica, minha cara peça de museu.

Hibisco (2009)


Autor: Richard Gonçalves André. Fotografia macro de um hibisco.

Intermediário (2009)


Autor: Richard Gonçalves André. Fotografia que tirei no Cemitério da Consolação (São Paulo). No dizer do historiador francês Michel Vovelle, uma "floresta de signos".